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Mensagem  jeff1900 Ter Jun 09, 2009 12:25 am

desculpa se tiver estranho , é que copiei de pdf , minha redação ta pronta so to com preguiça de postar , posto amanha . se quiser o original , este eh o tema da unesp 2005 para 2006

R E D A Ç Ã O

INSTRUÇÃO: Leia atentamente os seguintes textos.


O “demônio” dos ciúmes

Quaisquer que sejam os pontos de vista em que se achem
colocados os psicólogos para estudar os vários aspectos do ciú-
me, é comum nas suas conclusões o caráter profundamente
disfórico, molesto e torturante de sua vivência. O próprio Santo
Agostinho, em suas Confissões, afirma que era “flagelado pela
férrea e abrasadora tortura dos ciúmes”; antes e depois dele, a
Literatura e a História coincidiram em conceder-lhes a categoria
de “máximo tormento” e, mais recentemente, a Psicologia o con-
firma, ao analisar o ressentimento, que é seu ingrediente básico.

Efetivamente, se de algum modo se pode caracterizar o esta-
do do Ser ciumento é definindo-o como uma perseverante e com-
plexa frustração: sente amor e julga-se não correspondido (ou, o
que é ainda pior, falsamente correspondido); sente raiva, mas
compreende a ineficácia de demonstrá-la; sente temor e não pode
fugir; sente, pois, intensamente, uma necessidade de ação, e, si-
multaneamente, percebe sua impotência, desde que a solução do
caso não depende dele e sim dos outros ... e não consiste precisa-
mente em “atos” mas em “sentimentos”... que não podem impor-
se nem suprimir-se, que não obedecem a razões nem coações...
Assim, o Ser que é devorado ou consumido pelos ciúmes vive em
perpétua tensão, sem poder assumir uma atitude mental definiti-
va, bamboleando-se continuamente entre a fé e o desespero.

Os ciúmes são vividos de modo diferente pela mulher e pelo
homem, e também o são, em cada sexo, de acordo com o tipo de
Amor.
(Emilio Mira y López. Quatro gigantes da alma. 1966.)


Nas Garras do Ciúme

Atire a primeira pedra quem nunca se sentiu enciumado, ain-
da que tenha mantido o fato em segredo. Sutil ou avassalador,
esse é um dos sentimentos mais contundentes do ser humano.
Talvez por isso seja fonte de inspiração para escritores e compo-
sitores. O ciúme está no centro do inferno emocional de Bentinho,
personagem esculpido por Machado de Assis no romance Dom
Casmurro que passa os dias dominado por incertezas e fantasias
sobre a possível traição da idolatrada Capitu. Em Otelo, de William
Shakespeare, ele é o “monstro de olhos verdes” que leva ao as-
sassinato de Desdêmona. Na música, também não faltam exem-
plos. “O ciúme foi cantado por Orlando Silva, Roberto Carlos e
Caetano Veloso, entre tantos outros”, lembra Luiz Tatit, compo-
sitor e professor da Universidade de São Paulo (USP). E, claro,
não há novela que não leve um toque dessa pimenta nas relações.

Na vida real, o ciúme é um dos temas que aparecem com
freqüência nas conversas com amigos, nas sessões de terapia. É
compreensível. Afinal, no dia-a-dia, é difícil ignorá-lo. “É natural
sentir ciúme. É como sentir dor ou fome”, diz o especialista
Ailton Amélio da Silva, da USP. Também é verdade que, no Car-
naval, o monstro ataca com volúpia. Em sã consciência, nessa
época de barriguinhas lindas à mostra, quem deixaria o parceiro
passar o feriado sozinho? No entanto, para desespero dos mais
preocupados, além do Carnaval e das situações comuns que po-
dem ser estopins de uma crise, como uma simples ida a um res-
taurante, surgem outras capazes de despertar o monstro. As imen-
sas possibilidades de contato com outras pessoas abertas pelas
relações virtuais estão entre elas. Não é exagero dizer que as no-
vas ferramentas de comunicação da internet estão para o ciúme
como a gasolina está para apagar incêndio. O Orkut, por exem-
plo, é uma janela para o mundo que permite fazer contatos ou
reencontrar antigos amores. Mas, para quem tem tendência ao
ciúme, é mais uma trincheira de briga. Em geral, por causa de
recados deixados nas páginas de visita. O correio eletrônico é
outro cenário que atrai desconfiados decididos a escarafunchar
as mensagens eletrônicas atrás de pistas de traição.

O sentimento também se infiltra nas baladas. Por trás do cli-
ma aparentemente descomprometido das festas, estão jovens que
muitas vezes não se dão o direito de admitir o desconforto quan-
do o parceiro acha nova companhia. O que a moçada tenta fazer é
administrar a situação. Na verdade, na geração adepta do ficar
(trocar carícias sem compromisso), o ciúme perdeu espaço. “O
ficar transformou a relação com o ciúme, que se mantém mais
escondido”, avalia o psicólogo Ailton.

(ISTOÉ. Nas garras do ciúme. 09.02.2005.)


Proposição

Os textos apresentados como base para esta redação colocam
a questão do sentimento do ciúme. Este sentimento, que pode
tornar-se muito intenso e perturbar o comportamento do indiví-
duo, surge em todas as formas do relacionamento humano, mas é
particularmente notável na relação amorosa, o que explica a fre-
qüência com que é abordado na literatura e na arte. Os textos que
serviram de base às questões de números 08 a 10 abordam igual-
mente a questão do ciúme e de outros sentimentos a ele associa-
dos, que podem assumir bastante intensidade durante a relação
ou até mesmo após a separação do casal. Com base neste comen-
tário e, se julgar necessário, nos textos mencionados, faça uma
redação em prosa, de gênero dissertativo, sobre o tema

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